Presidente eleito recebeu John Bolton no Rio e prestou continência a ele
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, recebeu em sua casa nesta quinta (29), no Rio, o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton. Depois de deixar o local, Bolton disse nas redes sociais que a reunião `foi muito produtiva` e convi dou Bolsonaro para um encontro com o presidente dos EUA, Donald Trump. `Estamos ansiosos para uma parceria dinâmica com o Brasil`
Bolsonaro afirmou que pretende ir aos Estados Unidos após a realização da cirurgia para retirada de sua bolsa de colostomia, implantada em razão do ataque que sofreu durante acampanha eleitoral Após ser criticado por ter prestado continência a Bolton, Bolsonaro escreveu na noite desta quinta em uma rede social que `sujeitar automaticamente nosso terri tório, leis e soberania a colocações de outras nações está fora de cogitação`.
Bolton chegou às 61154 escoltado por batedores da Polícia Militar numa comitiva com quatro carros enãofaloucom os jornalistas. Ele deixou o local uma hora depois.
O assessor é um dos princi pais conselheiros de Trump em política externa e figura controversa. Ele costuma criticar os governos de Venezuela, Cuba e Nicarágua, que chama de `Troica da Tirania`.
Bolsonaro disse que conversou com Bolton sobre medidas diplomáticas contra Venezuela e Cuba.
`Essa possibilidade existe. Jerusalém tem duas partes. Uma parte não está em litígio. A embaixada americana está nessa parte`, declarou o presidente eleito.
A conversa entre o brasileiro e o americano também tratou de questões econômicas, segundo Bolsonaro.
`Terrorismo não entrou na conversa. Mas a questão das barreiras, das taxas alfandegárias, as dificuldades de se fazer negócio aqui. Transmiti a ele, junto com a equipe econômica, no sentido de facilitar o comércio com Estados Unidos e o mundo tudo sem prejudicar a nossa economia`, afirmou o presidente eleito.
Bolsonaro disse ainda que sua primeira viagem internacional após a posse será a países da América do Sul e poderia incluir Paraguai, Argentina e Chile. Ú presidente eleito, Jair Bolsonaro, ao lado do assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton Divulgação
`Venezuela é uma questão que vem lá de trás, temos de buscar soluções. Pela cláusula democrática a Venezuela sequer poderia entrar no Mercosul. Medidas precisam ser tomadas`, afirmou, após evento na Vila Militar.
`Sabemos que existem já cerca de 8o mil cubanos. A Venezuela tem mais esse agravante. Vai ser difícil tirar a Venezuela dessa situação. Faremos o possível pelas vias legais e pacíficas para resolver esse problema. Porque nós senti mos reflexo da ditadura que se instala na Venezuela`
Bolsonaro disse também que discutiu com Bolton sobre a mudança da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém
Embaixada de Israel confirma Netamyahu na posse em Brasília
Brasília
O primeiro-ministro de Israel, BinyaminNetanyahu, confirmou nesta quintafeira (29) que virá à posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, em i° de janeiro.
É a primeira autoridade internacional que anuncia presença na cerimônia. A informação foi divulgada pela assessoria de Eolsonaroe confirmada à Folha pela Embaixada de Israel no Brasil.
Desde a campanha, o presidente eleito tem sinalizado uma aproximação com Netanyahu. Ele já se reuniu duas veze s com o embaixador israelense no Brasil, Yossi Shelley, a última delas nesta semana.
Uma das promessas de campanha de Bolsonaro é transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém,seguindo os passos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A presença de Trump na posse é aguardada, mas ainda não há confirmação oficial da Casa Branca.
Sérgio Rangel e ítalo Nogueira